quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Teu corpo é uma estátua nua que gira no centro de minha mente



Idealização

O jornalista e amigo Geraldo Muanis lançou, em 2013, a coletânea de cem poemas Teu corpo é uma estátuas nua que gira no centro de minha mente – cujo trabalho iniciou-se em 1995 –, todos com nome de mulheres. Mulheres reais ou fictícias, próximas ou distantes, simples ou complexas, jovens ou idosas, alegres ou tristes, vivas ou mortas. Muitas foram as suas influências, desde canções do Pink Floyd até filmes de Luis Buñuel, tendo Catherine Deneuve como musa inspiradora.

Os pontos interessantes começaram na introdução, quando é reforçada a ideia de que a interpretação do poema é livre. Ninguém é obrigado a ter o mesmo pensamento do poeta, tendo em vista nosso repertório cultural diferenciado. Assimilamos aquilo que somos capazes de compreender. Reforcei esse meu entendimento particular por meio de comentários, após cada um dos poemas, registrando a experiência.

As referências são ricas. Descobri que uma notícia jornalística pode transformar-se em poesia, bem como um rosto visto no ônibus ou uma personagem caricata da cidade. Apesar da falta de familiaridade com o gênero, tirei grande proveito e vivi bons momentos imerso nas páginas idealizadoras da mulher.

A crítica fica por conta do vocabulário um pouco reduzido, marcado pelo excesso das palavras: efêmero, diáfano, esquálido, imperícias e átimo. Muitas vezes tive que recorrer ao dicionário. Também achei que poderia ser um coletânea menor para ganhar dinamismo. Nota 6.
Realismo
Você sabe a diferença entre poema e poesia?
O Livros e afins nos explica:
Poesia: “arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados.”
Poema: “obra em verso ou não, em que há poesia.”
Poesia não é a mesma coisa que poema, mas a poesia está presente no poema.

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