Idealização |
O jornalista e amigo Geraldo
Muanis lançou, em 2013, a coletânea de cem poemas Teu corpo é uma estátuas nua que gira no centro de minha mente – cujo
trabalho iniciou-se em 1995 –, todos com nome de mulheres. Mulheres reais ou
fictícias, próximas ou distantes, simples ou complexas, jovens ou idosas,
alegres ou tristes, vivas ou mortas. Muitas foram as suas influências, desde
canções do Pink Floyd até filmes de Luis
Buñuel, tendo Catherine Deneuve como musa inspiradora.
Os pontos interessantes
começaram na introdução, quando é reforçada a ideia de que a interpretação do poema
é livre. Ninguém é obrigado a ter o mesmo pensamento do poeta, tendo em vista
nosso repertório cultural diferenciado. Assimilamos aquilo que somos capazes de
compreender. Reforcei esse meu entendimento particular por meio de comentários,
após cada um dos poemas, registrando a experiência.
As referências são ricas. Descobri
que uma notícia jornalística pode transformar-se em poesia, bem como um rosto
visto no ônibus ou uma personagem caricata da cidade. Apesar da falta de familiaridade
com o gênero, tirei grande proveito e vivi bons momentos imerso nas páginas
idealizadoras da mulher.
A crítica fica por conta do
vocabulário um pouco reduzido, marcado pelo excesso das palavras: efêmero,
diáfano, esquálido, imperícias e átimo. Muitas vezes tive que recorrer ao dicionário. Também
achei que poderia ser um coletânea menor para ganhar dinamismo. Nota 6.
Realismo |
Você
sabe a diferença entre poema e poesia?
O Livros e afins
nos explica:
Poesia: “arte de criar
imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se combinam sons,
ritmos e significados.”
Poema: “obra em verso ou
não, em que há poesia.”
Poesia não é a mesma coisa
que poema, mas a poesia está presente no poema.
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