quinta-feira, 21 de março de 2013

Falso destino


O livro trata das principais especulações dos fãs para o destino final do bruxo mais famoso de todos os tempos, Harry Potter (HP). A obra foi fruto de uma pesquisa de dois jornalistas, Juliana Calderari e Ivan Finotti, sobre o último livro da série de J.K. Rowlling, que na época não havia sido lançado.

Os jornalistas mergulharam no mundo mágico por meio dos maiores fãs da série. “O Destino de Harry Potter” reúne entrevistas com criadores de sites, fóruns e encontros sobre HP, além de teorias, possíveis pistas deixadas por Rowlling para encerrar a saga e sete fanfics ou fics (histórias escritas por fãs usando os personagens originais da trama). Um caso mais recente de fic é o bestseller “50 tons de Cinza”, o qual era, originalmente, uma história escrita por uma fã da série Crepúsculo.

Fãs criam inúmeros e surpreendentes finais alternativos para a série
O livro possui um trabalho bem apurado de pesquisa e que para a época em que foi lançado devia ser bem interessante. Hoje, tempo em que já conhecemos o final da aventura faz muito tempo, não é uma leitura tão interessante assim. Mas, em nível de curiosidade, dá para ter uma boa ideia sobre o que se passava na cabeça de jovens apaixonados pelas aventuras do menino da cicatriz enquanto aguardavam o desfecho da aventura.

Foi uma leitura de curiosidade e, em sua maior parte, reuniu depoimentos e histórias não tão interessantes e nem tão bem desenvolvidas. Esse fato é perfeitamente natural já que a escrita é feita por fãs sem know-how literário. Para os que são apaixonados pela série e cresceram com ela, assim como eu, vale a leitura. Nota 6.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Not feeling



O livro gira em torno (do fim) do relacionamento adolescente de Min Green e Ed Slarteron. O autor, Daniel Handler, ficou conhecido com o pseudônimo Lemony Snicket, quando escreveu a coleção “Desventuras em Série”, que eu não conheço, mas torço muito para que o falso nome confira melhor senso de escrita para o autor - chegaremos lá. “Por Isso A Gente Acabou” ainda conta com ilustrações de Maira Kalman que conferem beleza e dinamismo para a leitura, retratando, em cada início de capítulo, um objeto relacionado a ele.
Caixa, bilhete de cinema e tampinha de cerveja amarga
Falando do casal... Min (Minerva) é nerd e sonha em ser diretora de cinema. Ed é jogador de basquete da escola e quer aproveitar a vida, curtir e beber bastante, além de sair com muitas garotas. Daí surge um relacionamento improvável e intenso, com duração de um mês e uma semana.

A história é marcada por referencias de filmes que não existem. Muitas citações, já que Min é apaixonada pelas telonas. Em minha opinião isso é muito chato. Toda situação que acontece, Handler tem que detalhar ao extremo uma cena de um filme fictício para comparar as situações. Nem tudo precisa ser comparado.

O casal frequenta muito o cinema Camelian, e acredita que uma das pessoas presentes lá, em seu primeiro encontro, é uma famosa atriz holywoodiana (falsa) e passa a planejar uma festa de aniversário para ela (quem faz isso?). A festa não acontece por dois motivos: 1- eles terminam (leia o livro para saber o motivo, não vou fazer spoiler aqui, apenas escrever sobre o enredo e minhas impressões). 2- eles descobrem algo relacionado à atriz (idem).

Após o término, Min resolve juntar todos os muitos objetos que marcaram a relação (presentes, itens simbólicos, etc) em uma caixa e jogar na casa de Ed, para devolver simbolicamente tudo o que eles passaram, já que seu coração está partido. Os objetos vêm com uma carta explicando o momento e o significado de cada um.

Você quer ter a sensação... ou você não quer

Há muita presença da palavra feeling na história. Tudo no livro é: “tive um feeling”; não gostei disso, nem dos problemas de (ou falta de) pontuação que encontrei. Parágrafos de quase uma página (dificulta a leitura) e falta de vírgulas importantes. Achei o conteúdo pobre e bem juvenil. Nota 5.