O romance juvenil Lenora, da brasileira Heloísa Prieto,
tem a música como pano de fundo. A criação de uma banda de rock, Triaprima, formada por três amigos, é responsável
por mudar completamente a vida dos jovens com o sucesso repentino. Duda e Ian conheceram
Lenora em Rio Vermelho (SC), no reveillon
de 1970, onde a sintonia musical os uniu. A banda segue por dois anos,
interrompida por uma fatalidade.
Ian, neto de irlandeses,
acreditava no poder místico e sobrenatural da música, por isso desejou,
enquanto tocava uma canção celta, um amor louco e forte que o fizesse morrer,
enquanto seu amigo desejou sucesso, dinheiro e mulheres. Os desejos se realizam
e o grupo fica devastado.
Paralela a esta história, no ano
de 2006, em São Paulo (SP), outra Lenora, cujo nome foi inspirado na vocalista
da Triaprima, ganha lugar na trama.
Ela possui elementos que ligam sua história a dos integrantes. A jovem paulista somente encontrará
resposta para seus questionamentos sobre a vida após um encontro com Duda,
o único sobrevivente do grupo.
O principal ponto positivo da
história é a crítica sobre os efeitos negativos da fama, da exposição, do
assédio e do poder do dinheiro. O choque entre gerações também é notável. Não gostei
dos efeitos sobrenaturais que foram fracos e mal construídos, além de muitos
erros passados sem uma preciosa revisão. Nota 7.
Triaprima
É a junção dos elementos mágicos
na alquimia: a arte, o amor e a palavra. Significa o momento em que as forças
espirituais criam um estado de intensa criatividade.
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